Sempre acontece isso: ao programar uma viagem diferente, tenho sede de conhecimento, de saber muito mais e vontade louca de correr atrás de tudo que me inspire e faça o meu coração bater mais forte. Adoro tudo que diz respeito a moda, arte, culinária, história , costumes e conhecimentos gerais: essa é minha vida há anos, mas desejo tantos outros assuntos … Me especializar é imprescindível para mim. Ficar uma pessoa monotemática, nunca! Estou em busca de muitos focos de interesse e de repertório para a vida toda. Pensando nisso, veio a idéia de 10 dias na Riviera Maia, que é a parte oriental da Peninsula de Yucatan, no México. Importante não fixar base só na óbvia Cancun, e partir para destinos mais ricos como Playa del Carmen e Tulum ( Se estivesse indo só com meu marido, talvez hospedasse nesse último, ainda mais exclusivo).
Minha mala também é sempre focada – não tem jeito mesmo, sou temática … rsrs … e gosto de brincar com as possibilidades que a moda oferece. Num lugar como esse , penso em estar colorida, étnica, ou de branco. Hello verão!! Sapato baixo, sempre ! E as joias acompanham tudo isso junto com prata e peças étnicas.
O que espero dessa viagem? Aguas mornas, povo hospitaleiro, comida diferente, praias paradisiacas, natureza diversificada, ruinas, contato com a sabedoria maia e casos para contar. Experiências novas, paisagens jamais vistas, sensações inusitadas, desafios, bater papo com alguém muito diferente de você. Tudo que te faça pensar e reagir. Sair da zona de conforto, acredite, faz um bem enorme. Vida é esse aprendizado ilimitado. Por sinal, bem diferente do tamanho do cartão de crédito.
Eu mesma fiquei na maior dúvida sobre onde ir e onde me hospedar nos 10 dias de férias com a família na Riviera Maia. Eu d-e-t-e-s-t-o roteiros enlatados, resorts all inclusive e lugares amontoados de gente e sem charme. Mas enfim, tenho filhas adolescentes, então precisa ser bom para o casal e para elas também. Esse post abaixo do blog viajenaviagem me ajudou muito a tomar a minha decisão.Cancun eu já conhecia, mas há 19 anos atrás … E está cada vez mais americanizado e padronizado. Por esse motivo,deixei só as 4 ultimas noites em Cancun, para piscinas enormes, noite, compras e agito. E as 6 primeiras noites, programei em Playa del Carmen,por ser mais exclusiva,charmosa e cheia de restaurantes e hotéis boutique deliciosos. Ah! E nada de all inclusive, claro. Isso deixei lá para Cancun.
O mood da mala já esta valendo desde o Aeroporto.
De jóia, só um anel – para não incomodar, não apitar no embarque e nem incomodar.
A chegada no aeroporto de Miami, já põe a gente no clima praia, é ou não é?
–> Um pouco de história (e de geografia)
Até 1970 ,o litoral caribenho da costa leste da península de Yucatán era um fim de mundo virtualmente desabitado.No fim dos anos 60, ao perceber que o turismo trazia mais divisas para o país do que as exportações agrícolas, o governo do México identificou novas áreas com potencial turístico , e chegou nessa reserva de praias selvagens banhadas pelo mar turquesa do Caribe . De quebra, a região ainda abrigava duas importantes ruínas maias — Tulum, a única à beira-mar, e Cobá — e estava próxima de uma terceira, a imponente Chichén-Itzá, situada por sua vez nas redondezas de duas lindas cidades coloniais, Valladolid e Mérida. Decidiu-se então implantar o pólo turístico caribenho em uma área separada do continente por uma lagoa salobra, e que até o início da década de 70 era uma imensa fazenda de coco habitada apenas pela família do capataz (população total: 3). Nascia Cancún. Mais ou menos na mesma época, o oceanógrafo Jacques Cousteau revelava ao mundo os corais preservados da ilha de Cozumel, 60 km ao sul do futuro balneário. Estava criada a nova dupla de destinos internacionais litorâneos do México: Cancún para praia, Cozumel para mergulho.
O primeiro hotel de Cancún abriu em 1974. O aeroporto para jatos foi inaugurado em 1976 (e hoje recebe a cada ano mais turistas estrangeiros do que todos os aeroportos do Brasil somados). As duas etapas seguintes de crescimento, entre as décadas de 80 e 90, ergueram o atual skyline de Cancún no praião reto da sua orla leste , onde o mar é constantemente encrespado, sobretudo do meio para baixo.
A década de 90 marcou também o início da ocupação turística da Riviera Maia — os 150 km que vão da base de Cancún até a entrada da reserva natural de Sian Ka’an, em Tulum. Por ali instalaram-se parques temáticos, como X-Caret e Xel-Há, que têm um pezinho na Flórida e outro no ecoturismo, aproveitando as belezas naturais da região: corais preservados, rios de águas transparentes, florestas, cavernas.
Foi neste trecho da Riviera Maia que se deu a quarta onda de ocupação hoteleira da região: desta vez, vieram as grandes cadeias de resorts, plantando suas bandeiras ao longo da costa de recorte delicado, repleta de enseadas e protegida por extensas barreiras de recifes. Misturados entre os resortões há hotéis de luxo e hotéis-boutique.
Playa del Carmen, que evoluiu de um mero píer de embarque para Cozumel a um vilarejo de praia com personalidade própria e vida independente — é o “Arraial d’Ajuda” de Cancún. Outro núcleo não-planejado está em Tulum, ao sul das ruínas maias, onde se instalaram pequenos hotéis pé-na-areia com propostas alternativas; é a “Caraíva” de Cancún.
E finalmente, fechando o ciclo de ocupação desse ex-fim de mundo ex-selvagem e ex-desabitado, houve o boom imobiliário pré-2008, que fez surgir condomínios de segundas residências, muitos deles acoplados a projetos hoteleiros pré-existentes. Hoje grande parte da costa está ocupada; selvagem mesmo, só a faixa da reserva natural de Sian Ka’an, no extremo sul.
–> E agora, como eu faço para escolher?
Desculpe se eu compliquei a sua vida. Mas é que a região oferece tantas possibilidades, que vale a pena estudar qual é a opção mais sob medida para você.
–> CANCÚN: vertical, americanizada, com shoppings e vida noturna
Costumo comparar Cancún à Barra da Tijuca. É um balneário vertical, construído à americana: as distâncias são grandes demais para se percorrer a pé, e tanto o comércio quanto a vida noturna se concentram em shoppings. Mas tudo funciona muito bem. Os hotéis são bastante confortáveis e o padrão de serviço é alto.
A praia: O mar tem aquele azul-turquesa lindo em qualquer ponto da orla, mas a qualidade do banho varia conforme o trecho. Aquele Caribe calminho e cristalino só é encontrado na barra superior do “7″ (as praias voltadas para o norte),onde ficam os melhores hotéis e shoppings. Isso pelas bandas do km 11 a 12.
Os hotéis:
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All inclusive vale a pena? Na minha opinião, não. Com raras exceções (a maior é a rede de hotéis Riu) os hotéis de Cancún não oferecem a variedade de restaurantes à la carte que caracteriza os resorts do gênero. Além disso, como não estão isolados, a civilização está à porta — e é tentadora. Não faz sentido você escolher um lugar cujo forte são os shoppings e a vida noturna e se limitar a consumir dentro dos limites do hotel. E finalmente, há a questão dos passeios. O que diferencia Cancún dos demais destinos caribenhos oferecidos no Brasil é justamente a possibilidade de fazer um passeio diferente todos os dias; e fora do hotel, você acabará aproveitando pouco o sistema tudo incluído. E uma última observação: sempre que você achar um hotel com tarifa all-inclusive igual à tarifa normal de um outro hotel, no mesmo site, esteja certo de que os ingredientes e bebidas servidos não serão de primeira linha; o nível de preço do all-inclusive sempre é um indício da qualidade do que é oferecido.
Transporte: O aeroporto fica entre meia hora e quarenta minutos da maioria dos hotéis; normalmente, vai-se de táxi (US$ 40 a US$ 50, dependendo da temporada). Também há vans compartilhadas, a partir de US$ 9 por pessoa (como esta aqui). Na zona hoteleira funciona um ótimo serviço de ônibus local, com passagens a 8,50 pesos (você pode também dar 1 dólar, mas não receberá troco). Os táxis são tabelados; as tabelas são visíveis na entrada dos hotéis. Todos os tours organizados — e alguns restaurantes — buscam os passageiros nos hotéis.
Vale a pena alugar carro? Como você pode ler no tópico anterior, é perfeitamente possível ficar em Cancún sem alugar carro. Mas alugar o carro é, sim, uma boa: não é caro, e você tem autonomia para fazer todos os passeios por conta própria, no seu ritmo. O único passeio de carro que eu não recomendo é Chichén-Itzá, porque está a mais de 3 horas de estrada; é melhor pegar um passeio organizado (se quiser ir de carro, então durma por lá — ou no hotel do sítio arqueológico, ou nas cidades coloniais de Valladolid ou Mérida).
Os passeios: Os mais simples a partir da zona hoteleira são o bate-volta de barco a Isla Mujeres (praias calminhas, mergulho) e as escapadas ao centrinho de Cancún (Mercado 28 para artesanato de dia, restaurantes típicos com mariachis à noite na av. Yaxchilán). A maior parte dos passeios tem como destino pontos da Riviera Maia, distantes da zona hoteleira entre 70 km (Xcaret, Playa del Carmen, embarque a Cozumel) e 120 km (Xel-há, Tulum), sempre em estrada duplicada. Chichén-Itzá está no interior da península, a 3h30 por estrada duplicada.
As compras: Existem pelo menos cinco shoppings na zona hoteleira. O mais agradável é o La Isla Shopping Village, no km. 12,5, com ruas ao ar livre à beira da laguna, do lado oposto aos hotéis ME Cancún e Aqua. O mais sofisticado é a ala Luxury Avenue do Kukulcán Plaza, no km 13, ao lado dos hotéis Barceló Tucancún e Casa Turquesa. O forte do Forum by the Sea, no km 9,5, é o entretenimento: tem cinemas, o clube Daddy O., um Hard Rock Café, um Carlos n’Charlie, e está próximo à megadisco CocoBongo. Para souvenirs e artesanato sem sair da zona hoteleira o melhor é o Plaza Caracol, no km 8,5, em frente ao Riu Cancún. Já o Flamingo Mall, no km 11,5 do lado da laguna (em frente ao hotel Royal Solaris Cancún), se destaca pelas redes de restaurantes: tem filiais de Outback, Bubba Gump Shrimp, Margaritaville e Sanborn’s (o Starbucks mexicano).
A vida noturna: A maioria das discos e bares está localizada na parte de cima da zona hoteleira. A mãe de todas as discotecas é a CocoBongo, no km 9,5, famosa pelos shows megaproduzidos. Sua maior rival é a Daddy O., também no km 9,5 (no Forum by the Sea). O Bulldog Café, no km 8, é originário da Cidade do México e costuma ter shows ao vivo. Como alternativa aos clubes existem vários bares muvucados, que servem os drinks gigantescos (e adocicados) apreciados pela garotada dos States, como Señor Frog’s (km 9,5), Carlos n’Charlie (km 9,5, Forum by the Sea), o Hard Rock Café (km 9,5, Forum by the Sea) e o Planet Hollywood (km 12,5, La Isla Shopping Village).
Minha opinião: se você é fã de shoppings e curte restaurantes e bares de rede, vai adorar Cancún. Caso queira encontrar uma praia caribenha na Cancún urbana ou se vai com crianças, procure se hospedar nas praias calmas (voltadas para o norte, até o km 8 do Boulevard Kukulcán, ou então no Club Med). Essas praias também são as únicas que recomendo para quem faz questão de all-inclusive (eu não iria até o Caribe para ficar preso num hotel all-inclusive de uma praia perigosa para entrar…).
–> PLAYA DEL CARMEN: horizontal, charmosinha e bem localizada para passear
Playa del Carmen é uma espécie de mini-Búzios de uma praia só. Tem um jeitão mais latino — se você curte o astral de Arraial d’Ajuda ou Pipa, vai gostar daqui.
A praia: A praia central é bonita de ver, mas não é boa para banho, porque é praticamente toda ocupada por embarcações. O trecho bom começa a 10 minutos de caminhada na direção esquerda, passando o hotel Gran Porto Real. Dali seguem mais 5 ou 6 km de ótima praia, com mar normalmente calmo (e, quando calmo, transparente). Há clubes de praia, como o Mamita’s (o mais bacana), mas em outros trechos o serviço de bordo é restrito aos hóspedes dos hotéis em frente.
Os hotéis: No centrinho tem (quase) de tudo: albergues, hotéis baratos (como o Barrio Latino e o Lunata), apart-hotéis e apartamentos para alugar (novinhos, construídos no último boom imobiliário; um com excelente custo x benefício é o Playa Palms, pé na areia) até hotéis-design (como o Mosquito Beach, o Mosquito Blue, o Deseo e o Básico e vários outros novos). Os hotéis ficam maiorzinhos na ponta norte do centro, onde estão os all-inclusive Gran Porto Real e Royal Playa del Carmen; dali em diante você encontra hotéis grandotes à beira-mar e menores nas quadras internas. Só o que não existe em Playa são os resortões. Estes ficam ou em Playacar (um condomínio de resorts ao sul do centro) ou em praias isoladas da Riviera Maya que, pela proximidade, acabam usando o nome de Playa del Carmen (sem no entanto dar acesso ao centrinho).
Leia mais: Enquanto isso, em Playa del Carmen
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All inclusive vale a pena? Não vale não. A razão para ficar em Playa del Carmen é curtir a vidinha urbana: pegar sol na Mamita’s, fazer footing na Quinta Avenida, experimentar os restaurantinhos, fazer a ronda dos bares e clubes à noite. Para aproveitar o hotel, melhor então escolher algo fora da cidade, em Playacar ou na Riviera Maia.
Transporte: O aeroporto de Cancún está a 40 km. Há 10 ônibus diários que ligam o aeroporto a Playa del Carmen em uma hora (o primeiro sai às 10h50, o último às 19h; custa US$ 10 por passageiro). O táxi custa US$ 70. Para circular em Playa del Carmen você não vai precisar de carro: só precisa gostar de caminhar um pouquinho. (Mas atenção: de Playacar ao centrinho de Playa é preciso tomar um táxi.) Querendo dar um pulinho em Cancún, há ônibus com ar condicionado da ADO que saem da rodoviária de Playa a cada 15 minutos em direção à rodoviária de Cancún (no centro da cidade) por menos de US$ 5 (da rodoviária é preciso tomar um ônibus local para a zona hoteleira). Playa também tem inúmeras agências de turismo receptivo que vendem tours organizados a todas as atrações da região.
Vale a pena alugar carro? Dentro de Playa o carro é um estorvo; não há necessidadenem lugar para estacionar. Alugue carro somente para os dias em que você quiser fazer passeios no seu ritmo. Não recomendo ir a Chichén-Itzá de carro, a não ser que você queira dormir por lá (no hotel do sítio arqueológico, em Valladolid ou em Mérida). Para ir e voltar no mesmo dia, melhor ir de tour organizado (são 3h30 pela estrada).
Os passeios: Situada no centro geográfico da Riviera Maia, Playa del Carmen é a melhor base para passear pela região. O parque Xcaret fica ao lado; basta rodar 50 km para chegar a Tulum (e Xel-Há). Cozumel está em frente: basta pegar o ferry-boat (que sai de hora em hora e leva 45 min. à ilha). Há muitos cenotes (rios e cavernas onde se pode fazer snorkel ou mergulhar de cilindro) nas redondezas. A curta distância justifica também passeios de carro para degustar outras praias, como Punta Maroma (15 km ao norte), Paamul (10 km ao sul), Xpu-há (25 km ao sul), Akumal (40 km ao sul) ou Xcacel (45 km ao sul). Não perca tempo com Isla Mujeres; este é um passeio interessante para quem está em Cancún, mas redundante para quem está em Playa ou na Riviera Maia.
As compras: A Quinta Avenida é a Rua das Pedras de Playa. Espere encontrar uma miríade de lojinhas e boutiquezinhas. O forte são roupas e acessórios.
A vida noturna: Um dos prazeres de Playa del Carmen é fazer a ronda dos bares. O epicentro da muvuca é a calle 12, entre a Quinta Avenida e a praia. A cena é bastante variada — tem desde boates pé-na-areia ao ar livre (uma característica exclusiva de Playa) até uma filial da Coco Bongo (Calle 12 esquina 10a. Avenida).
Minha opinião: Playa é para quem procura uma experiência menos americanizada (e também menos família) na região. Eu adoro, e recomendo a todo mundo que esteja à procura de um lugarzinho no Caribe que pudesse estar no Brasil.
–> RIVIERA MAIA: resorts all-inclusive (e hotéis de luxo)
A costa logo abaixo de Cancún tinha tudo o que as redes de resorts podiam querer: grandes áreas disponíveis à beira-mar (e não é qualquer mar: o Caribe!), águas calmas e dificuldade de acesso para quem não entre pelo portão principal. Não admira que todas estejam por ali.
A praia: São 100 km de um litoral bastante recortado, com praias em grande parte protegidas por recifes. Sem o skyline vertical da Cancún urbana, a impressão é a de se estar mais próximo da natureza.
Visualizar Riviera Maia: resorts e hotéis de luxo em um mapa maior
Os hotéis: A maioria segue a cartilha do resortão caribenho: terrenos enormes e inúmeras alas, com apartamentos espalhados em prédios baixos, de até três andares, para não destoar da paisagem. O sistema all-inclusive predomina — entre as bandeiras conhecidas pelos brasileiros estão Moon Palace (do mesmo grupo do Hard Rock Hotels; pertinho de Cancún); Now Sapphire, Dreams Riviera Cancún e Now Jade (na região de Puerto Morelos, a 40 km de Cancún); o complexo Iberostar de 5 hotéis na Playa Paradiso (50 km de Cancún); o Secrets Maroma Beach em Maroma (55 km); o complexo Riu de 5 hotéis e a dupla Iberostar Quétzal e Tucán em Playacar (5 km ao sul de Playa del Carmen, 75 km de Cancún); o complexo Barceló de 3 hotéis perto de Puerto Aventuras (20 km de Playa del carmen, 90 km de Cancún); os dois Grand Palladium em Kantenah (30 km de Playa del Carmen, 100 km de Cancún); o complexo de 3 hotéis do Gran Bahía Príncipe, perto de Akumal (40 km de Playa del Carmen, 110 km de Cancún); e o Dreams Tulum, próximo às ruínas (50 km de Playa del Carmen, 120 km de Cancún). A hotelaria superluxo marca presença com o Maroma Resort (do grupo Orient-Express) e o Zoëtry Paraíso de la Bonita, em Punta Maroma (55 km ao sul de Cancún, 15 km ao norte de Playa del Carmen); o Mandarin Oriental (atualmente sendo reformado) e o complexo Mayakoba (com hotéis Banyan Tree, Fairmont e Rosewood) 10 km ao norte de Playa del Carmen e o hotel-butique Esencia, em Xpu-ha (25 km ao sul de Playa del Carmen).
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All inclusive vale a pena? Para quem curte o esquema all-inclusive, os resorts da Riviera oferecem as condições ideais. Você curte o resort (que sempre terá uma mega infra) e a praia (que sempre será boa) e não tem por que gastar seu dinheiro fora do hotel. Até os passeios serão mais curtos, porque estarão mais próximos ali mesmo pela Riviera — na volta, sempre haverá o almoço sendo servido em algum lugar.
Transporte: Hospedando-se num resort ao longo da Riviera você vai depender de táxi agendado pelo hotel.
Vale a pena alugar carro? Apenas para os dias em que você quiser passear, no seu ritmo. Só não recomendo ir de carro a Chichén-Itzá, que está a 3h30 de distância.
Os passeios: Os hotéis da Riviera estão melhor localizados do que Cancún para todos os passeios pela Riviera Maia. Considere um ecoparque — escolha entre Xcaret e Xel-Há. Se curte mergulhar, faça snorkel num cenote. Não deixe de ir às ruínas de Tulum — e se tiver ânimo, a Chichén-Itzá. Querendo visitar Cancún, vá de dia. O entardecer e a noite são mais gostosos em Playa del Carmen (e a volta sai mais em conta).
As compras: os maiores hotéis têm lojinhas internas. Mas as compras sérias são em Cancún.
A vida noturna: Todo resort tem programação noturna, com shows e disco. Não há cassinos no México.
Minha opinião: Um resort na Riviera (ou então o Club Med em Cancún) é a melhor opção para quem vai com crianças: a praia é melhor do que em Cancún, o all-inclusive faz sentido, e os passeios envolvem menos deslocamentos. E os hotéis de luxo são imbatíveis para lua de mel.
–> TULUM: Cancún para quem jamais pensou em Cancún
Playa del Carmen parece bastante diferente de Cancún, mas no fim das contas oferece a mesma coisa — consumismo, azaração e badalação –, só que a seu modo. Já Tulum, não. Tulum tem vocação para o sossego e a contemplação; quando deixar de ser zen, terá perdido a graça.
A praia: A praia de Tulum dos cartões-postais é a que banha o sítio arqueológico maia. É também a mais muvucada, já que é acessível a todos os que visitam os templos. A praia imediatamente ao sul das ruínas também é bastante freqüentada e tem barracas. Depois começa um trecho bastante entrecortado por pedras, onde se instalaram alguns hotéis. Mas o filé de Tulum fica entre os km 5 e 9: ali estão os hotéis mais bacanas e a faixa de areia mais larga. Não espere, porém, águas calmas nem transparentes: o mar é encrespadinho feito em Cancún, mas com o mesmo tom lindo de azul.
Os hotéis: São pequenos e fazem a linha rústico-chic: Robinson Crusoé revisitado por alguma revista de decoração. Entre os mais charmosos estão o Zulúm, o La Zebra, o Ocho e o Azúcar. O forte aqui não é o conforto (confira se o seu apartamento vai ter ar condicionado ou água quente o dia inteiro), mas o estilo. Os restaurantes vão ter um pezinho no Peru e outro na Tailândia; aulas de ioga serão mais comuns do que de ginástica. Luz de velas, música chill-out, pé descalço — leve pouca roupa; as rodinhas das malas não andam muito bem na areia…
Leia mais: Vai por mim: Tulum
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All inclusive vale a pena? Não há. Se você ler as palavras “all-inclusive” e “Tulum” na mesma frase, é porque se trata de um resort perto de Tulum, mas não nessa faixa zen-alternativa a que me refiro neste tópico.
Transporte: Combine o traslado do aeroporto com o hotel; sai mais barato do que pegar o táxi. Uma vez em Tulum, se você ficar na faixa-filé da praia, vai poder se deslocar a pé, pela areia.
Vale a pena alugar carro? Apenas para os dias em que você quiser passear, no seu ritmo. Não há necessidade de ir à cidade (que fica a 10 km da praia e é beeeem feia e desinteressante).
Os passeios: As ruínas de Tulum estão pertinho — mas não deixe ir também a Cobá, que fica a uma hora para o interior. Se você escolheu Tulum, certamente os ecoparques da região não fazem o seu gênero. Procure então informar-se sobre mergulhos em cenotes, passeios à reserva de Sian Ka’an (que tem praias desertas) ou os banhos pseudomaias inventados por neoxamãs (vale por um spa).
As compras: Os hotéis tem boutiques com roupas eventualmente interessantes.
A vida noturna: Jantar em outro hotel é o único programa garantido. Mas fique de olho para saber de festas.
Minha opinião: Se você curte Boipeba, Santo André da Bahia ou Praia do Rosa, vai curtir Tulum. Precisando de mais vida social (ou de um mar mais próprio para mergulho), considere Playa del Carmen.
–> Qual é a melhor época para ir a Cancún e à Riviera Maia?
Grosso modo a época mais seca vai de fevereiro a maio, com um repique em julho e dezembro — todos esses meses registram precipitação média abaixo dos 100 mm. Os meses a evitar são setembro e outubro, quando a precipitação passa dos 200 mm. Em janeiro, junho, agosto e novembro chove entre 100 e 150 mm. Veja a tabela completa aqui.
Leia mais: Como é o inverno no Caribe
Leia mais: Chove muito ou chove pouco na estação das chuvas?
–> E os furacões?
A temporada de furacões no Caribe oeste acontece entre agosto e novembro. A possibilidade de um furacão estragar a sua semana de férias é remota, mas existe. Se você não quer dormir com essa pulguinha atrás da orelha, vá entre dezembro e julho.
Leia mais: Furacões no Caribe: um balanço
–> Levo dólares, pesos ou reais?
Não se leva reais para países fora do Cone Sul. Tampouco se compra moedas fracas no Brasil. Nos dois casos você pode até conseguir trocar, mas dificilmente vai conseguir uma boa cotação.
Se você já tiver dólares na mão, pode levar para Cancún e a Riviera Maia. Todos aceitarão no comércio e nos serviços. Mas fique ligado na cotação praticada: é certo que farão um desagiozinho do câmbio vigente (confira a cotação em sites como Oanda.com).
A minha dica é fazer saques com o seu cartão de banco diretamente em peso mexicano nos caixas eletrônicos para os pequenos gastos, e pagar as grandes despesas com cartão de crédito (se o dólar do seu cartão for menor do que o dólar-turismo e o seu cartão render milhas), cartão de débito (fique atento ao seu limite de gastos, que normalmente não é igual ao saldo) ou cartão de débito internacional recarregável tipo Visa Travel Money, MasterCard Cash Passport ou Global Traveler Card.
A partir de amanha, os posts serão sobre 10 dias na Riviera Maia, Mexico, casal com filhas adolescentes. Acompanhem! E comentem, adoro !
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